terça-feira, 25 de março de 2008

Vida suburbana

Na segunda feira de manhã, também conhecida como ontem, eu fui uma feliz usuária do nosso sistema de transporte público. Meu destino final era o World Trade Center, na Nações Unidas.

Era cedo. Saí de casa às seis e quarenta. Eu poderia ter feito o pacote completo da suburbana e tomado o ônibus para a estação do metrõ, mas eu gritei para a mamãe e ela me levou para a estação Bresser-Mooca de carro.

Cheguei na estação um pouco antes das sete. A fila era grande já na catraca de entrada.

Ao entrar descer para a plataforma, verifiquei após a passagem de quatro composições que era impossível entrar nos trens. E isto acontecia porque eles já vinham lotados do resto da Zona Leste.

E não me restou outra alternativa a não ser pegar o metrô vazio no sentido inverso (Corinthians/Itaquera), na tentativa de achar uma estação onde eu pudesse ao menos entrar no vagão em direção à Porcos - Barra Funda.

Meia hora depois eu estava em Itaquera na fila para pegar o metrô para a Barra Funda.

Entrei finalmente no vagão, que lotou na estação seguinte (Artur Alvim). Como resultado, cheguei na Barra Funda apenas às 08:20.

De lá, peguei um trem CPTM para Itapevi, que estava até "vazio", que seguiu por cinco ou seis estações até Osasco, onde eu fiz baldeação para outro trem CPTM, desta vez da linha Osasco-Jurubatuba, aquele trem chique com ar-condicionado e música clássica. Desci na estação Berrini e de lá segui a pé para o WTC (que deve ser a uns 400 metros de distância). Cheguei meia hora atrasada para o meu compromisso. Saí de casa às 06:40 e cheguei na Berrini às 09:30, quase três horas depois.

O inteligente sistema de transporte público desta cidade me faz sair da Mooca até Osasco para depois voltar para a Berrini. A linha de trem da Marginal, que serve a tantas grandes empresas, não tem nenhuma ligação por trilhos direta com o centro de São Paulo... Justamente o centro que é vizinho do meu bairro.

Hoje o governador e o prefeito anunciaram uma linha de metrô que une a Vila Prudente com a Freguesia do Ó... Tá... Mas a linha da Berrini vai continuar isolada lá embaixo pra todo o sempre?

São apenas 18km de carro. Ou 15km a pé. Se condições eu tivesse (e as nossas ruas também), estes 18km seriam facilmente cobertos de bicicleta.

E eu não sei mais o que fazer para me livrar do trânsito, ou da superlotação do transporte público, ou dos atrasos já constantes.

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