terça-feira, 18 de dezembro de 2007

O melhor lugar do mundo.

A Medicina recuperou a minha vida. Me trouxe de volta para o mundo, pois me tornou uma pessoa sadia. Tenho o mais profundo respeito e admiração por quem diagnosticou o meu problema, por quem soube me curar e me indicar o tratamento correto. Não foi fácil, alguns ajustes foram feitos no começo, mas fui beneficiada por ser tratada por um profissional da medicina de primeiríssima linha.

Eu tomo quatro comprimidos diários que são essenciais para a minha vida. Invariavelmente, ocorre a ingestão de 600mg de um e 100mg de outro medicamento, pela manhã e à noite. Assim tem sido há alguns meses. Já o faço de forma automática. Vivo sob o efeito destes medicamentos e não sei (e não quero mais saber) como é a vida sem eles.

Estou de volta para a minha família, amando cada minuto que passo em minha casa, curtindo cada barulho idiota que meus cachorros fazem e gozando dos privilégios de ser (quase) filha única, pois Gustavo se casou e Giuliano está quase casado.

Tudo o que eu faço aqui é fantástico e todos os novos momentos estão se tornando inesquecíveis. No último final de semana, enquanto eu montava e decorava a árvore de Natal, o meu pai xingava por apanhar do portão elétrico. Se para ele não teve graça nenhuma errar a configuração das travas do portão por uma hora seguida, para mim isto é só lembrança para colocar um sorriso no meu rosto.

E a minha mãe? Eu sinto às vezes necessidade de segui-la pela casa como o Pierre faz... Só para ela gritar conosco "saiam daqui! estão me atrapalhando! eu vou te matar" Sim, a minha mãe gritando com os cachorros é meu outro gatilho de risadas. Aliás, minha mãe gritando é um passo e meio para a felicidade, pois isto ela só faz quando está bem. Meu bordão favorito: "Sua looooooouca!" (Invariavelmente destinado à Roxie)

Eu amo simplesmente tudo neste lugar. Amo nossa escada preta, amo nossa sala mal iluminada, nossa cozinha dos anos 70, o meu quarto bagunçado, a rua perfeita e calma, o bairro lindo...

Amo até o choro do Pierre, que às 23:15 está tentando subir na cama da minha mãe ao final do corredor.

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